Destaques da vigilância 06/06 – 11/06

Surpreende como o discurso do movimento “escola sem partido” têm penetrado em várias instâncias da sociedade civil, vários grupos, tanto religiosos como não religiosos e afins. Entenda aqui como ele mobiliza seus apoiadores, expande seus discursos e movimenta uma rede de seguidores que compartilham de um objetivo em comum: o ataque à educação democrática.

 

Escola Sem Partido promovendo debates na ALESP ao longo do ano de 2016

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O grupo denominado Direita Paulistana terá espaço reservado na Assembleia Legislativa de São Paulo durante todo o ano de 2016. Os debates serão realizados uma vez por mês. O tema da primeira palestra será “marxismo cultural” – um termo espantalho semelhante ao “ideologia de gênero” [sic], o que mostra que, apesar da falta de fundamentação e bagagem teórica, estes discursos conquistaram um espaço considerável.  Não se pode desconsiderar o tanto de capital político necessário para se promover um evento como esses regularmente num espaço como a Alesp.

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Jargões, campanhas e apropriações indevidas

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O ESP sempre foi muito competente em usar as redes sociais como mecanismo para mobilizar sua base de apoiadores e expandir seu discurso. Dentre suas estratégias mais comuns, estão o lançamento de campanhas que resumem em um jargão ou slogan a mensagem ESPiana. Ao mesmo tempo, esse tipo de estratégia também significa atacar e ridicularizar outros discursos e pautas que o ESP entende como rivais ou nocivas às suas concepções de moral. O feminismo é um dos alvos preferidos do ESP. “Meus Filhos, Minhas Regras” é uma referência nada sutil às pautas mais presentes entre as correntes feministas de luta por direitos reprodutivos e combate à cultura do estupro – “Meu Corpo, Minhas Regras”.

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Cultura do estupro e defesa do “escola sem partido”

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Página de Porto Alegre (RS) que compartilha vários materiais do “escola sem partido” e páginas análogas. Em sua descrição, defini-se como um movimento que preza pelo resgate da “educação tradicional”

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O ódio aos professores continua

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Provavelmente um dos nossos maiores objetos de estudo, o ódio fomentado pelo ESP à figura do educador é em larga medida resultado da projeção que o movimento tem nas redes sociais. Imagens como essa são constantes nas redes do Escola Sem Partido; circulam e viralizam com facilidade. Tenta-se banalizar a ideia do educador como criminoso e daí como potencial violentador sexual, o que serve também para fortificar o discurso da “ideologia de gênero” [sic] como erotização preconce de crianças e jovens. A ideia de professores que criticam o ESP como sendo possíveis abusadores e molestadores vai na linha de um dos argumentos mais constantes do movimento: “se discordam de nós, só podem ser nossos inimigos”.

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Os ataques às questões de gênero e sexualidade nas escolas

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A rede ESPiana segue mobilizando boa parte dos seus esforços e de suas figuras de autoridade para atacar com desinformação e sensacionalismo as discussões de gênero e sexualidade nas salas de aula.

Fontes aqui, aqui e aqui

 

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